No dia 15 de abril de 2025, foi protocolado na Câmara dos Deputados um pedido para que o Projeto de Lei da Anistia tramite em regime de urgência. A proposta, defendida por membros da bancada do PL e articulada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), busca acelerar a votação do projeto que pretende conceder anistia a envolvidos nos atos ocorridos em 8 de janeiro de 2023.
O pedido contou com a assinatura de 92 parlamentares, refletindo o apoio de setores expressivos da oposição ao governo federal. A intenção é que o projeto possa ser apreciado diretamente no plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões, o que reduziria o tempo de tramitação.
Por outro lado, há forte resistência por parte de partidos governistas e de setores da sociedade civil, que consideram a proposta uma tentativa de absolver os responsáveis por ataques às instituições democráticas. O Partido dos Trabalhadores, por exemplo, defende o arquivamento do projeto, alegando que a anistia pode gerar impunidade e abrir espaço para novos episódios semelhantes.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não indicou se colocará a proposta na pauta de votações. Enquanto isso, líderes da oposição sinalizam que podem adotar medidas para travar os trabalhos legislativos caso a matéria avance sem um debate mais amplo.
A discussão sobre o projeto ocorre em meio a um cenário político tenso, marcado por polarização e manifestações de grupos com visões divergentes sobre a responsabilização pelos atos de 2023.
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