A prefeitura de Mogi das Cruzes colocou novamente em movimento o Projeto Plante Água, uma ação que não se limita ao plantio de árvores — é uma política pública que dialoga diretamente com a luta por justiça socioambiental, com a democratização do acesso à natureza e com a valorização das comunidades como protagonistas da transformação territorial.
Em tempos de emergência climática e avanço da urbanização predatória, o Plante Água representa um respiro coletivo: distribui gratuitamente mudas de árvores nativas da Mata Atlântica, como ipês, araçás, quaresmeiras e pitangas, reafirmando o direito do povo ao verde, à sombra, ao ar limpo e à vida digna.
A entrega é feita de forma acessível, no Viveiro Municipal, no bairro Cocuera. Qualquer morador ou moradora pode participar, bastando levar um documento de identidade e comprovante de residência.
Sem burocracia. Sem exclusão.
Mas o projeto vai além. Mais do que plantar árvores, o Plante Água planta consciência.
Através da orientação técnica de servidores públicos, a população aprende a cuidar de cada muda, entende seu valor ecológico e reconstrói vínculos com o território.
E isso é essencial, principalmente nas periferias, onde faltam áreas verdes e sobra descaso histórico do poder público.
O projeto também se articula com escolas públicas, agricultores familiares, coletivos populares e movimentos sociais.
Porque não há ecologia sem inclusão.
Porque não existe meio ambiente saudável onde há desigualdade.
Porque a sustentabilidade não é mercadoria — é direito.
Reativar o Plante Água é um ato político de resistência à destruição ambiental e ao negacionismo climático.
É afirmar que a cidade deve ser construída com o povo, em defesa da vida, do território e do bem viver.
Cada muda é um gesto coletivo de esperança, uma ação concreta que aponta para um futuro mais justo, equilibrado e solidário.
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