O ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou uma operação de busca e apreensão contra o pastor Silas Malafaia, realizada pela Polícia Federal no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. O celular de Malafaia foi apreendido durante a ação, que ocorreu no dia 20 de agosto de 2025.
A medida foi tomada com base em investigações que apontam a participação ativa de Malafaia em ações de coação contra membros do Judiciário. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o pastor teria atuado como orientador e auxiliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro em estratégias para pressionar autoridades e disseminar informações falsas.
Mensagens trocadas entre Malafaia e Bolsonaro, a partir de julho de 2025, indicam que o pastor colaborou diretamente na definição de ações que buscavam impedir decisões judiciais desfavoráveis ao grupo investigado. A Polícia Federal afirma que há indícios de atuação dolosa e coordenada, com objetivos comuns entre os envolvidos.
Além da apreensão do celular, Moraes determinou medidas restritivas contra Malafaia. Ele está proibido de deixar o país, teve seus passaportes cancelados e deve entregá-los em até 24 horas. Também está impedido de manter contato com outros investigados nos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado.
A operação faz parte de um conjunto de ações que investigam possíveis articulações para obstruir o funcionamento das instituições democráticas. Até o momento, a defesa de Silas Malafaia não se manifestou publicamente sobre o caso.
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