quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

GOVERNO PRECISA DE R$ 20 BILHÕES PARA EQUILIBRAR ORÇAMENTO DE 2026, DIZ HADDAD


Ministro Fernando Haddad apresenta cenários de cortes e novas fontes de receita ao Congresso


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou ao Congresso Nacional que o governo necessita de R$ 20 bilhões extras para garantir o equilíbrio do Orçamento de 2026. A equipe econômica elaborou diferentes cenários e alternativas para viabilizar a votação da proposta ainda neste ano, evitando riscos fiscais.


Entre as medidas apresentadas, destaca-se a redução de 10% nos incentivos fiscais, com exceção daqueles previstos constitucionalmente, como os benefícios da Zona Franca de Manaus. A proposta, no entanto, enfrenta resistência entre parlamentares, que buscam negociar um escalonamento desses cortes ao longo de três ou quatro anos, em vez de aplicá-los de forma imediata.



Além dos cortes, Haddad também sugeriu novas fontes de arrecadação, como a taxação de apostas esportivas online (bets) e de determinadas operações de fintechs. Essas medidas, segundo o ministro, poderiam contribuir para fechar a conta e assegurar que o orçamento seja aprovado sem comprometer a estabilidade fiscal.


Em declarações após reunião com líderes partidários, Haddad ressaltou que o governo já entregou ao relator do Orçamento simulações e subsídios técnicos que demonstram a necessidade de ajustes. Ele enfatizou que a decisão final sobre quais medidas serão adotadas cabe ao Congresso, mas reforçou a urgência de garantir os recursos adicionais para evitar desequilíbrios nas contas públicas.


O debate sobre o tema ocorre em um momento de forte pressão política, já que o Orçamento de 2026 precisa ser votado antes do recesso parlamentar. A negociação entre Executivo e Legislativo será determinante para definir o alcance dos cortes e a implementação das novas medidas de arrecadação.


Em síntese, o governo aposta em uma combinação de redução de benefícios fiscais e novas tributações para alcançar os R$ 20 bilhões necessários, mas a decisão dependerá da capacidade de articulação política e do consenso entre os parlamentares.


 

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